A delegação brasileira terminou o Parapan de Toronto no primeiro lugar geral do quadro de medalhas com muita folga ao conquistar 257 medalhas no total: 109 de ouro, 74 de prata e 74 de bronze. A superioridade foi tão grande que a delegação brasileira fechou a competição com mais medalhas de ouro que Canadá (2º) e Estados Unidos (3º) somados, 109 contra 90. A quinta edição dos Jogos Parapan-Americanos terminou no último sábado (15/08), em Toronto.
“Com a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, o Comitê Paralímpico saiu de uma arrecadação de R$ 39 milhões da Lei Agnelo/Piva, para cerca de R$ 130 milhões. Certamente, com essa injeção de recursos, o esporte paralímpico entra em uma nova fase e poderá alcançar um patamar ainda mais elevado”, diz o deputado Tito Torres. A aprovação da Lei Brasileira da Inclusão (sancionada em 6 de julho de 2015) ampliou de 2% para 2,7% o valor repassado aos comitês Olímpico e Paralímpico brasileiros, e mudou de 15% para 37,04% a fatia do Comitê Paralímpico.
Um número recorde de 270 competidores brasileiros participaram dos jogos, dos quais 21 são de Minas Gerais. Além dos atletas, o Estado esteve representado por sete técnicos, dois fisioterapeutas e um staff da bocha (jogo praticado com diversas bolas grandes e uma pequena, todas de madeira ou de plástico denso).
Mineiros em destaque
Dentre os mineiros medalhistas estão o mesatenista juiz-forano Alexandre Ank que conquistou medalha de ouro na disputa por equipes nas classes 3 e 4 e bronze no individual, na classe 4. A equipe do halterofilismo de Uberlândia é a dona de duas medalhas de bronze, uma com Rodrigo Marques e outra com Luciano Dantas, além de Daniele Martins que faturou o bronze na disputa da bocha em pares. O paratleta de Uberaba José Carlos Chagas, também se destacou trazendo para casa duas medalhas de ouro na bocha.
Na natação, os paratletas de Uberlândia também fizeram bonito. Ruiter Silva faturou duas medalhas de ouro, nos 400 m livre e no Medley. Já Verônica Almeida ganhou a prata nos 100m peito e Felipe Esteves também levou a de prata nos 50m livre.
Hegemonia
Desde 2007, quando o Parapan começou a ser disputado no mesmo local dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil tem a hegemonia na competição. Competindo em casa, no Rio de Janeiro em 2007, o país terminou na liderança do quadro de medalhas, e com seu melhor aproveitamento até então: 32%, ficando no alto do pódio em 83 oportunidades, em 254 possíveis.
*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro