Prédio que abriga a UEMG em João Monlevade é retirado da nova lista apresentada.
O Projeto de Lei 4.135/17, que cria os fundos imobiliários, não tramita mais em regime de urgência. A decisão foi comunicada na Reunião Ordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta terça-feira (23/5) após um dia inteiro de embates entre deputados governistas e da oposição. Tito Torres, que é vice-líder do bloco de oposição Verdade e Coerência, defendeu em Plenário a retirada de urgência do projeto que, se aprovado, permitirá ao Estado vender ou hipotecar milhares de imóveis públicos.
“Conseguimos retirar a urgência na tramitação deste projeto porque é preciso estudar a nova lista apresentada, estudar a viabilidade do projeto e mostrar à população o grande erro que o Governo irá cometer. Graças ao empenho do bloco de oposição, a relação total caiu de mais de 6 mil para aproximadamente 5 mil. O prédio que abriga a UEMG em João Monlevade, por exemplo, foi um dos que saíram da lista”, explica o deputado Tito Torres.
O parlamentar afirma que vender os imóveis é uma medida equivocada que o governo pretende tomar para fazer caixa e arrecadar dinheiro rápido, sem levar em conta os prejuízos para os mineiros. Dentro do prazo de 50 anos estipulado pelo projeto, o governo deverá ter pago cerca de R$ 35 bilhões em aluguel, valor quase nove vezes superior ao montante de R$ 4 bilhões que pretende arrecadar com a medida.
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