Deputado Tito Torres foi um dos autores do requerimento que solicitou debate na ALMG para discutir o assunto
Até o ano de 2023, chegará a 20% a participação das chamadas novas fontes renováveis – eólica, fotovoltaica e de biomassa – na matriz energética brasileira. Essa tendência foi apontada por participantes do II Debate Público Energia de Fontes Renováveis: a construção do desenvolvimento sustentável. Cerca de 400 pessoas ligadas ao setor lotaram o Auditório José Alencar, nesta terça-feira (25/6/19), para ouvir os mais de 20 expositores e participar do debate, que tratou do incremento e da regulação da produção desse tipo de energia. O evento foi solicitado pelo deputado Gil Pereira, presidente da Comissão Extraordinária das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com apoio dos deputados Tito Torres e Betinho Pinto Coelho.
“Vemos o crescimento muito grande, aqui em Minas, de plantas de energia solar, eólica e de biomassa, mas as distribuições não estão a contento. O Ministério das Minas e Energia anunciou investimento de R$ 120 bilhões no setor até 2027, sendo que 10% ficariam no Estado. Minas Gerais é um Estado grande, que está na frente nessa questão da energia renovável e não podemos ficar só com 10% desse recurso. Nós temos que brigar, agora é a hora da Assembleia se unir aos deputados federais e cobrar o que é de direito de Minas Gerais”, explica Tito Torres.
Em sua fala, o deputado Gil Pereira defendeu a mineirização de toda a cadeia produtiva da energia solar, com incentivos para a fabricação de componentes de placas fotovoltaicas no Estado. Também propôs o mesmo tratamento tributário da fonte fotovoltaica para as energias de biomassa, biogás e eólica. Segundo ele, o governador Romeu Zema está avaliando a viabilidades da medida.
Cledorvini Belini, diretor-presidenteda Cemig, anunciou um aporte de R$ 300 milhões em geração e distribuição de energia solar no Norte de Minas Gerais, a empresa pretende destinar o investimento para um projeto que pode ser concluído ainda em 2019. Metade deste valor, contudo, virá de parceiros. A licitação será publicada no próximo mês. “Neste primeiro momento, até o final do ano, queremos concluir geração solar de 160 megawatts. São R$ 300 milhões, dos quais R$ 150 milhões serão feitos pela iniciativa privada. Tem que ligar a chave neste ano”, disse Belini.