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Jequitinhonha cobra diagnóstico rápido de deficiência

Tito Torres participa de audiência pública no município realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência

A educação foi a área que mais teve demandas apresentadas para a inclusão de pessoas com deficiência no Vale do Jequitinhonha, em audiência pública realizada na sexta-feira (5/7/19). Na reunião, realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no município de Jequitinhonha, estiveram presentes moradores da região, em especial professores. Tito Torres foi um dos parlamentares participantes. Ele destacou a necessidade de fazer com que os direitos garantidos em lei cheguem efetivamente a quem precisa.

Uma das professoras, Ediléia Xavier, contou que tem sob a sua responsabilidade uma turma da educação integral com 50 alunos, dois deles diagnosticados com deficiência neurológica. Outros quatro, porém, têm suspeitas de problemas parecidos, mas não conseguem realizar o diagnóstico e, sem o laudo, não há como reivindicar mais professores de apoio. Segundo ela, esses laudos chegam a demorar anos, o que prejudica o aprendizado de todos na sala de aula e a inclusão do aluno sem o diagnóstico.

O representante da superintendência regional de ensino, Sandro Augusto, afirmou que é preciso estabelecer concursos e planos de carreira para professores de apoio, que auxiliam os educadores nas necessidades especiais de alunos com deficiências, de forma a garantir a continuidade e efetividade desses serviços. Segundo ele, atualmente o município de Jequitinhonha conta com 38 profissionais voltados exclusivamente para a educação especializada. Entre estes, estão incluídos, segundo ele, intérpretes de libras, professores de apoio e auxiliares de educação básica.

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Depois do ensino médio, inclusão tem mais problemas

A assistência, porém, não se repete na educação superior, ainda de acordo com Sandro Augusto. No nível da graduação, as pessoas com deficiência não teriam o mesmo auxílio garantido nos níveis anteriores, o que dificulta a continuidade dos estudos.

Já a professora Maria Geralda Ferreira tratou também dos adultos no momento posterior à conclusão do ensino médio: o mercado de trabalho. Ela lembrou que é preciso proporcionar acesso a vagas de emprego para as pessoas com deficiência para efetivar sua inclusão na sociedade.

Outras duas demandas foram feitas com relação à educação. Uma delas veio do consultor técnico regional da Federação Mineira das Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), Guilherme Chaves, que ressaltou a necessidade de o Estado realizar convênios com as Apaesem especial no que diz respeito à assistência social.

De acordo com ele, os serviços de saúde prestados pela associação são feitos em convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto os de educação são sustentados por convênios municipais. A assistência social, porém, depende de recursos próprios, que são escassos.

Transporte também precisa de melhorias

Outra demanda ligada à educação, mas também ao transporte, foi da vereadora Ana Paula, de Jequitinhonha. Ela tratou da questão do transporte escolar para alunos com deficiência, que hoje é feito com serviços terceirizados pagos pelo município. Além da necessidade de adaptação dos veículos, exige-se a presença de um monitor no deslocamento dos estudantes. Ela solicitou, então, apoio do governo estadual na prestação desse serviço aos cidadãos.

Já no campo dos transportes, o Pastor Miguelito ressaltou a importância de melhorar as calçadas do município, que, segundo ele, estão cheias de obstáculos que dificultam a locomoção de pessoas com mobilidade reduzida.

O representante da Associação de Deficientes e Idosos de Jequitinhonha, Jacson Dias Pereira, também falou da importância da acessibilidade nos espaços públicos da cidade e da construção de banheiros públicos adaptados.

Saúde

Boa notícia foi dada pelo gerente regional de saúde, Francisco de Oliveira Carvalho. Segundo ele, já estão sendo implantados nos municípios de Pedra Azul e Jacinto, para atender a toda região, serviços especializados de reabilitação em deficiência intelectual. Serão oferecidos, segundo eles, serviços como fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e assistência social.

 

 

Com informações do Portal da ALMG

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