Germano Vieira foi ouvido em reunião do Assembleia Fiscaliza e apresentou informações sobre barragens do Médio Piracicaba, atendendo solicitação do deputado Tito Torres
Nesta quarta-feira (9/10), o responsável pela pasta de Meio Ambiente, Germano Vieira, participou de mais uma rodada do Assembleia Fiscaliza, iniciativa do Parlamento mineiro focada na prestação de contas por parte do Poder Executivo. O descomissionamento de barragens foi um dos destaques da pauta da reunião. Tito Torres solicitou informações sobre barragens de sua região durante o encontro.
“Sou de uma região mineradora, do Médio Piracicaba. Diversas cidades onde atuo trabalham com a mineração que é muito importante para nossa economia. Mas tivemos esses últimos ocorridos, infelizmente, com rompimento das barragens. Como a Secretaria tem trabalhando para o descomissionamento dessas barragens? Hoje em Itabira, por exemplo, nós temos uma das maiores barragens, o que está sendo feito? O que a Secretaria tem feito, hoje, em Barão de Cocais?”, questionou Tito Torres.
Segundo o secretário, o comitê criado para estabelecer as diretrizes para a descaracterização de barragens construídas com o método de alteamento a montante em Minas Gerais, está analisando os cronogramas apresentados pelas mineradoras para descaracterização dessas estruturas. Conforme informou, serão encaminhados até dezembro, para deliberação da Assembleia, os casos em que os especialistas entendam que devam ter seus prazos estendidos.
Ele ponderou, contudo, que isso não significa a liberação para que as mineradoras trabalhem no ritmo que bem entenderem, e sim uma expectativa real para que o descomissionamento de barragens de grande porte seja feito de acordo com os preceitos técnicos e com segurança.
“Sabendo que vossa excelência é da região e preocupado, eu trouxe uma atualização de obras em Congo Soco. É uma barragem que ainda está em nível 3 e que é imposto à Vale, pela Agência Nacional de Mineração, todo um acionamento de realização de medidas emergenciais”, explicou o secretário. O relatório apresentado informa que:
– 21 instrumentos automatizados estão operando;
– Canal de cintura de 2 km está em fase de execução, com previsão de conclusão na segunda quinzena de outubro;
– Em relação às obras para contenção de rejeitos: as obras de instalação de duas telas metálicas e da instalação de uma barreira com 1004 blocos de granito estão concluídas;
– Dois poços foram construídos próximo à ombreira direita, para interceptar a contribuição de água subterrânea. Início de testes no final de setembro;
– Uma estação robótica e um radar estão em funcionamento;
– O nível de água da Cava da Mina de Congo Soco está sendo mantido em 901 metros, através do controle por bombeamento;
– O desvio provisório do rio foi concluído.