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José Roberto Silva (presidente da Petrocity Portos S.A.), e os deputados João Leite e Tito Torres. Foto: Ricardo Barbosa

Nova ferrovia que vai ligar Ipatinga a São Mateus, no Espírito Santo, poderá contar com extensão até Coronel Fabriciano

A extensão por mais alguns quilômetros da nova Estrada de Ferro Minas Espírito Santo (EFMES), até o novo distrito industrial em implantação em Coronel em Fabriciano (Vale do Aço), começou a ser negociada nesta terça-feira (21/9) entre lideranças da cidade e a direção da empresa Petrocity Portos S.A., responsável pelo empreendimento. O novo trecho ferroviário vai ligar São Mateus (ES) a Ipatinga (MG) e foi autorizado no início do mês pelo governo federal. A audiência pública que motivou a discussão foi solicitada pelos deputados Tito Torres e João Leite, na Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras da Assembleia de Minas.

O presidente da Petrocity, José Roberto Silva, e o prefeito de Coronel Fabriciano trocaram informações sobre os projetos em andamento e a viabilidade da iniciativa. Como primeira medida, a Petrocity deverá incluir Coronel Fabriciano em uma rodada de visitas técnicas a ser realizada no início de outubro, prevista inicialmente para ocorrer somente nas cidades onde serão instaladas pela empresa, ao longo da nova ferrovia, as chamadas Unidades de Transbordo e Armazenamento de Cargas (UTACs).

A proposta era justamente que representantes da Prefeitura de Coronel Fabriciano apresentassem à Petrocity o projeto do novo parque industrial, que incluirá uma plataforma multimodal, também conhecido como porto seco, e assim pudessem convencer a direção da empresa a remodelar o projeto da EFMES para também contemplar Fabriciano.

Os participantes da audiência comemoraram o início do entendimento entre a empresa e a Prefeitura de Coronel Fabriciano. O deputado Tito Torres lembrou que os contatos da Petrocity com as autoridades mineiras e capixabas começaram ainda em 2018. “O projeto já é uma realidade e, se também contemplar o terminal multiomodal de Coronel Fabriciano, vai fechar com chave de ouro”, pontuou.

Com vocação para o comércio e sede de indústrias menores fornecedoras de insumos para suas vizinhas mais abastadas, Coronel Fabriciano está disposta a recuperar o tempo perdido. “Muitas empresas da região estão com capacidade ociosa porque não têm como levar com eficiência seus insumos aos portos. A demanda é maior do que a capacidade de transporte”, lamentou o secretário de Administração e Desenvolvimento Econômico de Fabriciano, Daniel Nunes Linhares Papa. Segundo ele, o novo distrito industrial, em fase de terraplanagem, já conta com gasoduto e linhas de transmissão disponíveis em 226 lotes de 2 mil metros quadrados cada, próximos à BR-381 e à EFVM. Três empresas já confirmaram a instalação no local e outras ainda estariam em fase de estudos.

Segundo informações do executivo municipal, o futuro terminal multimodal/porto seco de Fabriciano está entre as 60 estratégicas selecionadas pelo governo estadual a serem priorizadas no Plano Ferroviário Mineiro e é único atualmente nesta modalidade, no eixo Vitória-Minas. Ele será instalado na área destinada ao chamado Distrito Industrial II, próximo à Ponte Mauá, no limite com Timóteo, em uma área de aproximadamente 100 mil metros quadrados. O custo estimado do investimento é de R$ 40 milhões.

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